Lilian Mota advocacia

Advocacia vocaliza anseios da cidadania brasileira, diz Simonetti à CNN

O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, afirmou em entrevista veiculada pela CNN Brasil nesse sábado (22/2) que “a advocacia vocaliza anseios da cidadania brasileira”. A declaração foi dada ao explicar que a advocacia e os cidadãos brasileiros não podem ser responsabilizados pela morosidade da Justiça. “A culpa do grande volume de processos na Justiça não pode ser atribuída à advocacia. Pelo contrário, os advogados e advogadas são a voz dos jurisdicionados e garantem que os seus direitos sejam respeitados”, afirmou.

Aos jornalistas Luísa Martins e Iuri Pitta, que conduziram a entrevista, Simonetti reforçou ainda o compromisso da OAB em se manter apartidária e equidistante de disputas ideológicas. “Desde o início da nossa gestão, assumimos o compromisso de afastar a OAB da política partidária, mantendo nosso foco na defesa do Estado Democrático de Direito, da Constituição e das prerrogativas da advocacia”, destacou o presidente.

Simonetti também abordou temas relevantes para a classe. Ele enfatizou que “vídeo gravado não é sustentação oral” e que é fundamental que os advogados tenham a oportunidade de realizar sustentações ao vivo, garantindo participação efetiva nos julgamentos. “Nossa luta é para assegurar que as sustentações orais sejam respeitadas como um direito essencial da advocacia, possibilitando que os advogados possam interagir com os magistrados e esclarecer questões processuais em tempo real”, afirmou o presidente da OAB.

Outro tema da entrevista foi a  qualidade do ensino jurídico no Brasil. O presidente nacional da OAB  alertou para um possível “colapso” devido à proliferação de cursos de direito sem qualidade e reiterou o pedido da OAB ao Ministério da Educação para suspender a abertura de novos cursos, especialmente na modalidade à distância.

Simonetti defendeu ainda um debate aprofundado sobre o uso de tecnologia no Judiciário. “A inteligência artificial é uma realidade, mas é preciso regulamentar seu uso para garantir que não prejudique a atuação dos advogados e a segurança jurídica dos processos”, disse.

Ao longo da entrevista, o presidente da OAB Nacional reforçou que a entidade continuará atuando com independência, defendendo a Constituição, a democracia e as prerrogativas da advocacia.

Confira a entrevista completa aqui.